Os Discos Do Monte Rainier – Os Avistamentos de Kenneth Arnold
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O dia 24 de julho de 1947 é para muitos a data que assinala o verdadeiro começo da época moderna dos OVNIS.
Kenneth Arnold era, na data em que teve lugar sua memorável observação, proprietário da «Sociedade de Fabricação e Instalação de Material de Incêndios do Grande Oeste» com sede em Boise (Idaho), onde era muito conhecido e apreciado, desfrutando da consideração de homem de negócios empreendedor e sério. Sua célebre observação ocorreu durante um vôo que efetuava, entre os povoados de Chahalis e Yakima, no estado de Washington. E preciso recordar aqui que este estado encontra-se no nordeste dos Estados Unidos, na costa do Pacífico e lindante com a Colúmbia britânica.
Arnold contemplou da sua avioneta, enquanto procurava os restos de um avião militar caído no monte Rainier, nove objetos voadores, que não pôde identificar, os quais se deslocavam em formação, a velocidades incríveis. Seu relato deu a volta ao mundo. Produzira-se a grande explosão do fenômeno OVNI.
Após a observação de Arnold, surgiram os estudiosos do tema, entre eles Ted Bloecher, nascido em 1929, que se especializou no estudo de aspecto fascinante: os humanoides. É possível que Bloecher seja um dos primeiros especialistas mundiais em «encontros próximos do terceiro tipo”. No entanto, os ufólogos conhecem mais Bloecher por seus detalhadíssimo estudo sobre a onda OVNI que teve como cenário dilatado território norte-americano em 1947.
Onda Histórica
Durante muitos anos, Bloecher recorreu por todas as partes o imenso território da União, consultando coleções de jornais locais, entrevistando testemunhas do ano 1947 e efetuando um trabalho de recopilação de casos durante sua viagem de milhares de quilômetros. Muitas observações, efetivamente, ficaram sepultadas em diários locais, sem saltar às grandes agências como UPI ou Associated Press. Por isso não haviam transcendido fora de um âmbito regional.
Desta maneira Ted Bloecher conseguiu reunir quase um milhar de casos bem documentados, centrados todos eles nos meses de junho e julho de 1947. A “crista” desta onda centrava-se precisamente, quanto ao número de casos, a princípios de julho, pouco depois da observação de Kenneth Arnold. O estudo de Bloecher reivindicava de certo modo o visto por Arnold – que inclusive havia chegado a ser tachado de falsário – pois demonstrava sem lugar a dúvidas que pelo menos um milhar de compatriotas do piloto civil havia visto o mesmo que este, já que as declarações das testemunhas eram muito concordantes, falando quase sempre de aparelhos elípticos ou disciformes. A cifra de um milhar de testemunhas sem dúvida é mínima e corresponde à dos casos que pôde localizar Bloecher sem que isto queira dizer que não existiram muitas mais observações no decorrer daquele verão de 1947. Seja como for, 1947 nos oferece a primeira grande onda histórica contemporânea.
Se bem Ted Bloecher necessitou vinte anos para «desenterrar» a onda de 1947, esta não passou desapercebida para os serviços de Informação Militar norte-americanos. Precisamente a finais daquele mesmo ano, exatamente no dia 30 de dezembro, o então Secretário de Defesa James Forrestal — que posteriormente morreria tragicamente de um acidente de avião — criou por decreto a primeira comissão de pesquisa sobre os Discos Voadores no seio da recém-nascida Força Aérea dos Estados Unidos. À tarefa de investigar sobre os discos foi encomendada ao ATIC (Air Technical Intelligence Center), radicado na base aérea de Wright Patterson, em Ohio. Na realidade, o ATIC era — e continua sendo sob o nome de «Aerospace Technical Intelligence Center» — o centro de informação — ou espionagem — da aviação norte-americana. Sua missão consiste em obter informações sobre aviões e máquinas voadoras secretas de outras potências.
Era muito natural, pois, que lhe encomendassem esta missão, porque nos primeiros tempos se supunha que os OVNIS podiam ser aparelhos de origem russo. Batizou-se a flamante comissão de pesquisa com o nome cifrado de «Projet Sign», Projeto Signo. As conclusões desta comissão de pesquisa americana inclinavam-se abertamente pela hipótese interplanetária ou extraterrestre.
Textos e imagens extraídas do livro “Enciclopédia do Ocultismo – Ciências Proibidas: O Livro Negro dos OVNIs”, de 1987. Para mais postagens do mesmo livro, acesse a tag “o livro dos ovnis“.